Tal como a onda,
este mal estar
há de crescer,
aumentar,
subir
e rebentar!...
Depois,
outro há de vir.
Entre um e outro
folgamos.
Tal como as costas
enquanto o pau vai e vem!...
José Diogo Júnor
Com a finalidade de dar a conhecer alguma da minha poesia, criei este blog, onde todos podem comentar dentro do princípio do respeito mútuo.
sábado, 19 de outubro de 2013
sábado, 5 de outubro de 2013
Inquietud
El tiempo pasa
Las horas muerem
Otro dia nace.
Inmaculado
El rocio brilla
En el amanecer
De mi inquietud.
José Diogo Júnior
domingo, 12 de maio de 2013
Animais falantes
Mote
Entre os animais falantes
O poeta é o que mais
Diz coisas interessantes
Aos colegas racionais
J. C. Ari dos Santos
Glosa
Se uns "zurram", outros "berram"
Embora animais falantes
Dizem tretas fascisantes
Mesmo sabendo que erram.
A estupidez que encerram
Em neurónios petulantes
São como "urros" constantes
De quem pouco sabe dizer
Mas muito pensam saber
Entre os animais falantes.
"Ladram" aqui, "rugem" além
Sua raiva interior
Não sabem o que é amor
Nem o que o amor contém.
Por isso lhes fica bem
Saberem por que jamais
Serão daqueles homens tais
Com amor no coração.
Nobre é esta alusão:
O poeta é o que mais.
Vê a vida deformada
P'lo que "uiva" sem saber
E que apenas quer viver
P'ra servir uma cambada
Ganhando sem fazer nada
Ao lado desses tunantes
Ferozes participantes
Da nossa sociedade.
O poeta é a verdade
Diz coisas interessantes.
Há os que "arrulham", também
Como pobres pombas mansas
Roubando as esperanças
Que a nossa vida tem,
Por isso mesmo convém
Avisar todos e jamais
Esquecer que estes tais
Q ue "ladram" e "arrulham"
São os que mais trafulham
Os colegas racionais.
José Diogo Júnior
Entre os animais falantes
O poeta é o que mais
Diz coisas interessantes
Aos colegas racionais
J. C. Ari dos Santos
Glosa
Se uns "zurram", outros "berram"
Embora animais falantes
Dizem tretas fascisantes
Mesmo sabendo que erram.
A estupidez que encerram
Em neurónios petulantes
São como "urros" constantes
De quem pouco sabe dizer
Mas muito pensam saber
Entre os animais falantes.
"Ladram" aqui, "rugem" além
Sua raiva interior
Não sabem o que é amor
Nem o que o amor contém.
Por isso lhes fica bem
Saberem por que jamais
Serão daqueles homens tais
Com amor no coração.
Nobre é esta alusão:
O poeta é o que mais.
Vê a vida deformada
P'lo que "uiva" sem saber
E que apenas quer viver
P'ra servir uma cambada
Ganhando sem fazer nada
Ao lado desses tunantes
Ferozes participantes
Da nossa sociedade.
O poeta é a verdade
Diz coisas interessantes.
Há os que "arrulham", também
Como pobres pombas mansas
Roubando as esperanças
Que a nossa vida tem,
Por isso mesmo convém
Avisar todos e jamais
Esquecer que estes tais
Q ue "ladram" e "arrulham"
São os que mais trafulham
Os colegas racionais.
José Diogo Júnior
sexta-feira, 26 de abril de 2013
Para Alice
À tua idade, quem me dera voltar...
Ver o mar, assim, diante de meus olhos...
E não o vasto campo de abrolhos
Que, desde menino tive de passar!...
Quem me dera dizer: que bom passar
O Equador que brilha nos teus olhos...
E na paz de Deus queimar abrolhos
Que possam teus caminhos ensombrar!...
Quem me dera ouvir, do mar, a voz...
Voz de Mostrengo, de Adamastor,
Voz de gigante, cruel e atroz...
E na voz meiga de Deus ver o esplendor
Dos carinhos de teus pais e teus avós
Num quadro de ternura, cheio d'amor!...
José Diogo Júnior
Ver o mar, assim, diante de meus olhos...
E não o vasto campo de abrolhos
Que, desde menino tive de passar!...
Quem me dera dizer: que bom passar
O Equador que brilha nos teus olhos...
E na paz de Deus queimar abrolhos
Que possam teus caminhos ensombrar!...
Quem me dera ouvir, do mar, a voz...
Voz de Mostrengo, de Adamastor,
Voz de gigante, cruel e atroz...
E na voz meiga de Deus ver o esplendor
Dos carinhos de teus pais e teus avós
Num quadro de ternura, cheio d'amor!...
José Diogo Júnior
quarta-feira, 17 de abril de 2013
Quadras ao gosto popular
Ó manjerico cheiroso
Em pobre jardim criado
De todos o mais jeitoso
Mas mesmo assim rejeitado
Maria se eu te chamar
Maria, não venhas, não
Já que não podes amar
O meu pobre coração
Vi um galo depenado
Por causa duma galinha
Que o tinha atraiçoado
Com o galo da vizinha
Morena de olhar triste
De triste me faz chorar
Essa tristeza que existe
No triste do seu olhar
Quando o silêncio é um grito
Bem dentro do coração
Brada em nós um som aflito
Sobe a força da razão
José Diogo Júnior
Em pobre jardim criado
De todos o mais jeitoso
Mas mesmo assim rejeitado
Maria se eu te chamar
Maria, não venhas, não
Já que não podes amar
O meu pobre coração
Vi um galo depenado
Por causa duma galinha
Que o tinha atraiçoado
Com o galo da vizinha
Morena de olhar triste
De triste me faz chorar
Essa tristeza que existe
No triste do seu olhar
Quando o silêncio é um grito
Bem dentro do coração
Brada em nós um som aflito
Sobe a força da razão
José Diogo Júnior
terça-feira, 9 de abril de 2013
Pedido
Pai,dá-me as tuas rugas cheias de ciência
Dá-me o teu chapéu, sujo d'águas e ventos
Dá-me a elegância da tua paciência
E a misteriosa sina dos teus tormentos
Dá-me pai, a tua sabedoria de contar coisas
E a luz que te iluminava o pensamento
Quando dizias que coisas, eram loisas
E que aragem, não era vento!...
Que, enquanto eu tiver vida divulgarei
A sina-ciência que de ti herdei.
José Diogo Júnior
20-05-2012 No 110° aniversário do nascimento de meu pai
Dá-me o teu chapéu, sujo d'águas e ventos
Dá-me a elegância da tua paciência
E a misteriosa sina dos teus tormentos
Dá-me pai, a tua sabedoria de contar coisas
E a luz que te iluminava o pensamento
Quando dizias que coisas, eram loisas
E que aragem, não era vento!...
Que, enquanto eu tiver vida divulgarei
A sina-ciência que de ti herdei.
José Diogo Júnior
20-05-2012 No 110° aniversário do nascimento de meu pai
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