quinta-feira, 1 de outubro de 2015

O Político Mau

Passa o poeta cantando
Os seus versos populares
E o músico tocando
Alegra todos os lares

Já o político "coitado"...
Não canta, nem assobia
Mas p'ra mal do nosso fado
Mete a mão onde não devia

No fim do mundo a bruma
No fim da vida a morte...
No fim saudade nenhuma
Não sei se será uma sorte

Disse por fim o poeta
Que não tinha que dizer
Deixando a obra incompleta
Para quem o queria ler

E veio a música depois
Com quem a podia dar
Dizendo que nós os dois
Deitamos o malandro ao mar

Mas, ele há sempre uma dança
Fragata, ou submarino
Ou uma santa aliança
P'ra inverter o destino

E não é que os malandros
Invertem todos os trilhos
Dos mais diversos meandros
P'ra roubarem nossos filhos

Depois de nos roubarem
Sonhos, anseios, afetos...
De nossos filhos enganarem
Irão roubar nossos netos

É tempo, pois, de acordar
Dizendo ao político mau
Hei-de deitar-te no mar
Mas antes dou-te c'um pau

Resolvemos o problema
Como anteas à "cachaporra"
Acabando com o dilema
Que nos tem "lixado"!... Porra!...


José Diogo Júnior