Nas ruas da minha terra
Sinto ver o meu destino
Os sonhos que tive em Erra
Esses sonhos de menino
As ruas da minha terra
São gaivotas a bailar
Na saudade que soterra
Este choro, este cantar
Tão longe de vós
Só tenho a saudade
Que fica entre nós
E é como a voz
Da minha ansiedade
Não quero, não quero
Viver mais assim
Por vós desespero
Pois tudo o que eu quero
Está longe de mim
Ruas da minha "cidade"
Dentro do meu coração
São as mágoas da saudade
Deste povo meu irmão
Ruas da minha tristeza
Que são a minha alegria
Por ter em mim a certeza
Deste amor e nostalgia
Tão longe de vós
Só tenho a saudade
Que fica entre nós
E é como a voz
Da minha ansiedade
Não quero, não quero
Viver mais assim
Por vós desespero
Pois tudo o que eu quero
Está longe de mim
José Diogo Júnior
Com a finalidade de dar a conhecer alguma da minha poesia, criei este blog, onde todos podem comentar dentro do princípio do respeito mútuo.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Penas
Àqueles que destruíram um dos meus amores
Tenho pena de vós, tristes "anjinhos"
Movidos pela corda da vaidade
Não brota outra força, na verdade
De vossos corações tão pobrezinhos!...
Vossos olhos não querem ver...Ceguinhos
Jamais verão a clara claridade!...
Inimigos traiçoeiros d'amizade
Debaixo duma capa de santinhos!...
Sois os corvos negros, agoirentos
As serpentes do deserto repelentes
De humanos, belamente, mascarados!
Sois, ó gente triste, como os ventos
Furacões e tornados, atraentes...
- Com eles, ficais tão bem retratados!
José Diogo Júnior
Tenho pena de vós, tristes "anjinhos"
Movidos pela corda da vaidade
Não brota outra força, na verdade
De vossos corações tão pobrezinhos!...
Vossos olhos não querem ver...Ceguinhos
Jamais verão a clara claridade!...
Inimigos traiçoeiros d'amizade
Debaixo duma capa de santinhos!...
Sois os corvos negros, agoirentos
As serpentes do deserto repelentes
De humanos, belamente, mascarados!
Sois, ó gente triste, como os ventos
Furacões e tornados, atraentes...
- Com eles, ficais tão bem retratados!
José Diogo Júnior
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Perfeita e Cheia
Mote
Em tudo perfeita e cheia
De tão suave harmonia
Que, nem por pouca recreia
Nem, por sobeja, enfastia
Luís Vaz de Camões em Babel e Sião
Glosa
Minha terra é um amor
A perfeita nostalgia
Quer de noite, quer de dia
Sinto em mim o seu fervor.
Inesquecível esplendor
É um sol a minha aldeia
Nunca me sai da ideia
Por ser tão linda, tão pura
E pela sua brancura
Em tudo perfeita e cheia.
Na sua linda igreja
Em honra de S. Mateus
Os fiéis oram a Deus
Pelo pão que se deseja.
Para que ninguém esteja
Longe dessa alegria
Deus filho morreu um dia
Pelos maus crucificado
Deixando o ar perfumado
De tão suave harmonia.
Perfeito enamorado
Da terra onde nasci
Dela nunca me esqueci
Nem me senti olvidado.
Mas, procurando o passado
Em noites de lua-cheia
A minha paixão passeia
Silenciosa na rua.
É esta saudade tua
Que nem por pouca recreia.
Cá longe vou-me lembrando
De tudo o que lá vivi
Das saudades que reparti
P'los sonhos que fui sonhando
Pois sempre fui admirando
No calor de cada dia
Das "gentes" a alegria
Essa amizade que me dão
Que nem por pouca digo não
Nem por sobeja enfastia.
José Diogo Júnior
Em tudo perfeita e cheia
De tão suave harmonia
Que, nem por pouca recreia
Nem, por sobeja, enfastia
Luís Vaz de Camões em Babel e Sião
Glosa
Minha terra é um amor
A perfeita nostalgia
Quer de noite, quer de dia
Sinto em mim o seu fervor.
Inesquecível esplendor
É um sol a minha aldeia
Nunca me sai da ideia
Por ser tão linda, tão pura
E pela sua brancura
Em tudo perfeita e cheia.
Na sua linda igreja
Em honra de S. Mateus
Os fiéis oram a Deus
Pelo pão que se deseja.
Para que ninguém esteja
Longe dessa alegria
Deus filho morreu um dia
Pelos maus crucificado
Deixando o ar perfumado
De tão suave harmonia.
Perfeito enamorado
Da terra onde nasci
Dela nunca me esqueci
Nem me senti olvidado.
Mas, procurando o passado
Em noites de lua-cheia
A minha paixão passeia
Silenciosa na rua.
É esta saudade tua
Que nem por pouca recreia.
Cá longe vou-me lembrando
De tudo o que lá vivi
Das saudades que reparti
P'los sonhos que fui sonhando
Pois sempre fui admirando
No calor de cada dia
Das "gentes" a alegria
Essa amizade que me dão
Que nem por pouca digo não
Nem por sobeja enfastia.
José Diogo Júnior
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Flor del Campo
Flor del campo, hermosa flor
Entre verdura criada
Flor del campo de mi amor
Flor de mi tierra amada
En las horas de soledad
Es la flor de mis sueños
Flor del campo de la verdad
Demis versos tan pequeños
Flor del campo, maravilla
De nuestra naturaleza
Flor del campo, flor que brilla
Flor de tan rara belleza
José Diogo Júnior
Poema editado na antologia poética Palabras Indiscretas, do Centro de estudios poeticos de Madrid Espanha
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Um novo dia
Anda à janela, vem ver
Meu amor, um novo dia
Neste lindo amanhecer
Vê-se a cor da alegria
José Diogo Júnior
Meu amor, um novo dia
Neste lindo amanhecer
Vê-se a cor da alegria
José Diogo Júnior
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Primeira Palavra
Mote
Disse a primeira palavra
Na madrugada serena
Um poeta que cantava
O povo é quem mais ordena
J. C. Ari dos Santos
Glosa
O povo é quem mais trabalha
E disso ninguém duvida
A não ser quem nesta vida
Por tudo e nada lhes ralha.
Gente reles e canalha
Que nossos campos não lavra
Mas produto da safra
Nas mãos lhes há-de parar
E um poeta a cantar
Disse a primeira palavra.
Longe vai a madrugada
Por muitos já esquecida
Onde arriscaram a vida
Capitães da alvorada.
Hoje, ninguém dá por nada
Acham que não vale a pena
Muita gente até condena
Quem se lembra, quem defende
Quem sabe,quem compreende
Na madrugada serena.
Não podemos esquecer
Quem por nós arriscou a vida
Podendo até ter guarida
Entre os donos do poder.
Esquecer? É reconhecer
Valor a quem nos tramava
A quem tudo nos roubava
Até mais não poder ser.
Surgiu naquele amanhecer
Um poeta que cantava.
Lembrar é contribuir
É dar um pouco de nós
É mostrar a nossa voz
É deixar a alma rir.
Pois ainda está p'ra vir
Daquela vila morena
A harmonia serena
Que faz a democracia
Onde cante a cotovia
O povo é quem mais ordena.
José Diogo Júnior
Disse a primeira palavra
Na madrugada serena
Um poeta que cantava
O povo é quem mais ordena
J. C. Ari dos Santos
Glosa
O povo é quem mais trabalha
E disso ninguém duvida
A não ser quem nesta vida
Por tudo e nada lhes ralha.
Gente reles e canalha
Que nossos campos não lavra
Mas produto da safra
Nas mãos lhes há-de parar
E um poeta a cantar
Disse a primeira palavra.
Longe vai a madrugada
Por muitos já esquecida
Onde arriscaram a vida
Capitães da alvorada.
Hoje, ninguém dá por nada
Acham que não vale a pena
Muita gente até condena
Quem se lembra, quem defende
Quem sabe,quem compreende
Na madrugada serena.
Não podemos esquecer
Quem por nós arriscou a vida
Podendo até ter guarida
Entre os donos do poder.
Esquecer? É reconhecer
Valor a quem nos tramava
A quem tudo nos roubava
Até mais não poder ser.
Surgiu naquele amanhecer
Um poeta que cantava.
Lembrar é contribuir
É dar um pouco de nós
É mostrar a nossa voz
É deixar a alma rir.
Pois ainda está p'ra vir
Daquela vila morena
A harmonia serena
Que faz a democracia
Onde cante a cotovia
O povo é quem mais ordena.
José Diogo Júnior
sábado, 2 de outubro de 2010
Quadras
Alegrias e tristezas
Quem as tem não as renegue
São forças e são fraquezas
Fugir-lhes não se consegue
Aquele ramo de flores
Tão enfeitado a preceito
Faz lembrar esses amores
A que não temos direito
Levas o púcaro na mão
A enfusa à cabeça
E dentro do coração
Nada que eu não mereça
O teu sorriso é bonito
Tua alegria tem graça
De amor tão louco fico
Que vejo o vento que passa
As penas do meu penar
Não são penas de escrever
São penas para chorar
Quando o deixar de fazer.
Há muitas sombras no mar
Muitas sombras há na terra
Mais formas há de amar
E de dizer não à guerra
Há verdades escondidas
Outras que ninguém quer ver
E mentiras divertidas
Mas que nos fazem sofrer
Eu hei-de estar a teu lado
Hei-de sentir e saber
O que é estar enamorado
E amar até morrer
O vento que à tua porta
Ia chorando ao passar
Levava a saudade morta
Que ali, eu fui matar
José Diogo Júnior
Quem as tem não as renegue
São forças e são fraquezas
Fugir-lhes não se consegue
Aquele ramo de flores
Tão enfeitado a preceito
Faz lembrar esses amores
A que não temos direito
Levas o púcaro na mão
A enfusa à cabeça
E dentro do coração
Nada que eu não mereça
O teu sorriso é bonito
Tua alegria tem graça
De amor tão louco fico
Que vejo o vento que passa
As penas do meu penar
Não são penas de escrever
São penas para chorar
Quando o deixar de fazer.
Há muitas sombras no mar
Muitas sombras há na terra
Mais formas há de amar
E de dizer não à guerra
Há verdades escondidas
Outras que ninguém quer ver
E mentiras divertidas
Mas que nos fazem sofrer
Eu hei-de estar a teu lado
Hei-de sentir e saber
O que é estar enamorado
E amar até morrer
O vento que à tua porta
Ia chorando ao passar
Levava a saudade morta
Que ali, eu fui matar
José Diogo Júnior
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Insónia
Tenho insónia, doi-me a cabeça
Não consigo mesmo adormrcer...
Levanto-me, ponho-me a escrever
Até que esta insónia adormeça.
Na planura da memória estou a ver
Um cavalo que galopa, sem cabeça
Que lhe doa. Corre, salta, não tropeça
Nesta insónia, na dor, neste sofrer.
Gostava de ser como tu meu corcel,
Galopar na planura deste papel,
Onde tento escrever o meu poema.
Cavalgando no campo do pensamento
Escrevo versos e só lamento
Que uma insónia seja o tema!
José Diogo Júnior
Não consigo mesmo adormrcer...
Levanto-me, ponho-me a escrever
Até que esta insónia adormeça.
Na planura da memória estou a ver
Um cavalo que galopa, sem cabeça
Que lhe doa. Corre, salta, não tropeça
Nesta insónia, na dor, neste sofrer.
Gostava de ser como tu meu corcel,
Galopar na planura deste papel,
Onde tento escrever o meu poema.
Cavalgando no campo do pensamento
Escrevo versos e só lamento
Que uma insónia seja o tema!
José Diogo Júnior
Saudade-Poesia
O sol desmaia no horizonte
Beijando este Odenwald* querido
Onde algures junto à fonte
Siegfried, diz-se, terá morrido.
Terra amiga, com a saudade defronte
Desta minha janela, onde tenho vivido
A sonhar com a casinha do monte
Onde é rei o alecrim. Comovido
Escrevo versos, cartas de amor
À saudade, minha companheira
Nas horas de solidao. Sem rancor,
Apaixonado, dou vivas à alegria.
Odenwald é digna da minha canseira
E musa desta saudade-poesia.
* Odenwald: Concelho da Alemanha onde ocorreu saga de Nibelung, história de amor, eternizada no teatro, cinema e ópera.
Beijando este Odenwald* querido
Onde algures junto à fonte
Siegfried, diz-se, terá morrido.
Terra amiga, com a saudade defronte
Desta minha janela, onde tenho vivido
A sonhar com a casinha do monte
Onde é rei o alecrim. Comovido
Escrevo versos, cartas de amor
À saudade, minha companheira
Nas horas de solidao. Sem rancor,
Apaixonado, dou vivas à alegria.
Odenwald é digna da minha canseira
E musa desta saudade-poesia.
* Odenwald: Concelho da Alemanha onde ocorreu saga de Nibelung, história de amor, eternizada no teatro, cinema e ópera.
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